Measuring loneliness: Psychometric properties of the three-item loneliness scale among community-dwelling adults.

Loneliness is a prevalent set of negative feelings associated with unsatisfactory and reduced social interactions, inadequate social support, poor satisfaction with life and health, negative emotions, and economic burden. Thus, its measurement is of foremost importance. Therefore, this study aimed (i) to devise the Portuguese version of the three-Item Loneliness Scale (T-ILS), which is ideal for epidemiological studies, and (ii) to evaluate its psychometric properties. Three hundred forty-five community-dwelling Portuguese adults with a mean age of 54.6 ± 19.5 years, 61.7% women, recruited door-to-door, were assessed with the Portuguese versions of T-ILS, Satisfaction With Life Scale-SWLS, Lubben Social Network Scale 6-items-LSNS-6, a question regarding Happiness/Unhappiness, and a sociodemographic questionnaire. The T-ILS showed good psychometric properties and correlated moderately with SWLS and LSNS-6, and happiness, and weakly with the number of people in the household. The Portuguese version of the T-ILS proved to be a valid and reliable instrument, easy and quick to administer. It proved to be a valuable tool in screening loneliness in Portugal, being potentially useful to the identification of lonelier people in need of intervention.

Social network typologies of older people: A cross-national literature review.

This article presents an issue narrative non-systematic review about social network typologies for the older population. We analysed 18 studies with large samples from 14 countries worldwide. The position of family ties, network composition, network size, frequency of contacts and community participation are central to social network typologization in the older population. Restricted and diverse networks emerged in typologies associated, respectively, with less and more effective social support features, and are good predictors of well-being, health, mental health, social support and social participation. Cross-nationally, there is an unequal distribution of the construction of network typologies. The different typologies, that should be culturally grounded, provide guidelines to intervention planning, inform social service providers about emerging needs and contribute to social policy debate.

Social network typologies of older people: A cross-national literature review / Tipologias de redes sociais da população idosa: Uma revisão transnacional da literatura

Abstract This article presents an issue narrative non-systematic review about social network typologies for the older population. We analysed 18 studies with large samples from 14 countries worldwide. The position of family ties, network composition, network size, frequency of contacts and community participation are central to social network typologization in the older population. Restricted and diverse networks emerged in typologies associated, respectively, with less and more effective social support features, and are good predictors of well-being, health, mental health, social support and social participation. Cross-nationally, there is an unequal distribution of the construction of network typologies. The different typologies, that should be culturally grounded, provide guidelines to intervention planning, inform social service providers about emerging needs and contribute to social policy debate.

Resumo O artigo apresenta uma revisão temática e narrativa não sistemática sobre tipologias de redes sociais pessoais da população idosa. Analisámos 18 estudos com amostras grandes de 14 países. A posição dos laços familiares, a composição da rede, o tamanho, a frequência de contactos e a participação comunitária são centrais na definição dos tipos de rede nesta população. As redes restritas e diversificadas emergem nas tipologias associadas, respetivamente, a menor ou maior apoio social, e são bons indicadores do bem-estar, saúde, saúde mental, apoio social e participação social. Transnacionalmente, verifica-se uma distribuição desigual da construção de tipologias. As diferentes tipologias, que devem ser culturalmente fundadas, fornecem diretrizes para planejar a intervenção, repensar serviços sociais e planejar políticas sociais.

A Complexidade da intervenção social segundo gênero e escolaridade do doente renal crónico / The complexity of social intervention according to gender and education of chronic kidney disease patients

A elevada prevalência da doença renal crónica e a relevância social do seu tratamento exigem um aprofundamento do conhecimento sobre a população doente, tendo em conta a sua complexidade holística. O estudo pretendeu analisar os níveis de complexidade no processo de intervenção social com pessoas com doença renal crónica numa perspetiva de gênero e de escolaridade. A amostra integrou 584 doentes com idades compreendidas entre os 19 e os 93 anos, maioritariamente do sexo masculino, casados e com o 1.º ciclo ensino básico. Os participantes, com diagnóstico de doença renal crónica, foram avaliados através de um protocolo que inclui um questionário sociodemográfico e a Matriz de Complexidade Associada ao Processo de Intervenção Social com Doentes Renais Crónicos (MCAPIS_DRC). Encontrou-se uma associação estatisticamente significativa entre os três níveis de complexidade avaliados e as variáveis sexo (p = 0,002, phi = 0,146) e escolaridade (p > 0,001, phi = 0,277). Verificou-se, igualmente, uma interação entre a escolaridade e o índice de complexidade consoante o sexo (F(5, 572) = 6,647 p = < 0,001, ƞp2 = 0,113). As mulheres apresentaram maiores pontuações no índice e as pessoas com maiores níveis de escolaridade pontuam menos no índice. A evidência permite ter uma abordagem diferenciadora na avaliação e intervenção social, priorizando grupos e situações problema.

The high prevalence of chronic kidney disease and the social relevance of its treatment require a deeper knowledge concerning this sick population, taking into account its overall complexity. The study aimed to analyze the levels of complexity in the social intervention process with people with chronic kidney disease from a gender and educational perspective. The sample included 584 patients aged between 19 and 93 years, mostly male, married and with the 1st cycle of primary education completed. Participants, diagnosed with chronic kidney disease, were assessed using a protocol that includes a sociodemographic questionnaire and The Matrix of Complexity Associated with the Process of Social Intervention with Chronic Kidney Disease Patients (MCAPIS_DRC). A statistically significant association was found between the three levels of complexity assessed and the variables gender (p=0.002, phi=0.146) and education (p>0.001, phi=0.277). There was also an interaction between education and the complexity index according to sex (F (5, 572) =6.647 p=<0.001, ƞp2=0.113). Women had higher scores on the index and people with higher levels of education scored less on the index. The evidence allows for a different approach in the assessment and social intervention if this condition, prioritizing problematic groups and situations.

Coping Resiliente e Burnout em assistentes sociais da saúde na primeira vaga da Pandemia COVID-19 em Portugal e Espanha / Resilient Coping and Burnout in Healthcare Social Workers during the First Wave of the COVID-19 Pandemic in Portugal and Spain

Os assistentes sociais na área da saúde enfrentaram um exigente desafio profissional durante a Pandemia de COVID-19 que teve repercussões multidimensionais. Os estudos com profissionais de saúde sobre Burnout e estratégias resilientes têm sido considerados relevantes e ganharam especial atenção pela sua posição na resposta à Pandemia. Aqui evidenciamos os riscos de Burnout e a potencial proteção do coping numa profissão que estabelece mediações na dimensão social da saúde e da doença. Tivemos como objetivo compreender o seu impacto nos assistentes sociais que trabalharam na área da saúde em Portugal e Espanha durante a primeira vaga, analisando os níveis de coping resiliente e de Burnout. Participaram 336 assistentes sociais de Portugal (n = 252) e de Espanha (n = 84). Apesar da percepção elevada de stressores multidimensionais (a nível pessoal, relacional, profissional e organizacional), os riscos de Burnout foram moderados a baixos. A predisposição para o burnout por despersonalização foi residual (1,8%), mas por baixa realização pessoal (18,8%) e por exaustão emocional (21,4%) foram mais elevados, no entanto a maioria não evidenciou risco de Burnout. Os níveis de coping resiliente apresentados perante a pandemia COVID-19 foram baixos (47%) ou moderados (29,8%), havendo 23,2% com níveis elevados. A agregação de Burnout e coping em três perfis de risco revela diferenças na percepção do receio de implicações em trabalhar com doentes, ao impacte sentido no trabalho e no apoio sentido na unidade de saúde. Devem ser promovidas estratégias de suporte e de resiliência que favoreçam o bem-estar psicossocial e profissional dos assistentes sociais na área da saúde, especialmente em emergência.

Healthcare social workers faced a demanding professional challenge during the COVID-19 pandemic, which had multidimensional repercussions. Studies with health professionals concerning Burnout and resilience strategies have been considered relevant and gained special attention for their position in the response to the pandemic. Here we highlight the risks of Burnout and the potential protection of coping strategies in a profession that mediates the social dimension of health and disease. We aimed to understand their impact on social workers who worked in the health field in Portugal and Spain during the first wave, analyzing the levels of resilience and burnout. 336 social workers from Portugal (n = 252) and Spain (n = 84) participated. Despite the high perception of multidimensional stressors (at a personal, relational, professional, and organizational level), burnout risks were moderate to low. The predisposition to burnout due to depersonalization was residual (1.8%), but that due to low personal accomplishment (18.8%) and emotional exhaustion (21.4%) were higher; however, the majority did not show any risk of Burnout. The levels of resilience demonstrated facing the COVID-19 Pandemic were low (47%) or moderate (29.8%), with 23.2% at high levels. The aggregation of Burnout and coping strategies into three risk profiles reveals differences in the perception of fear of implications in working with patients, the impact felt at work, and the support felt at the health unit. Support and resilience strategies that favor the psychosocial and professional well-being of healthcare social workers must be promoted, especially in emergencies.

Estudo longitudinal dos fatores associados à evolução de sintomas depressivos em idosos institucionalizados / Longitudinal study of factors associated with the development of depressive symptoms in institutionalized elderly

Objetivos : Constatando que a depressão é comum em idosos institucionalizados, associando-se à solidão, à ansiedade e à afetividade, pretendemos descrever a evolução da depressão durante dois anos e verificar que fatores se associam a essa evolução. Métodos : Em um estudo de coorte prospectivo em dois momentos (2011 e 2013), avaliamos 83 idosos institucionalizados, com idade no primeiro momento entre os 60 e os 100 anos, sendo 79,5% mulheres, 86,7% sem companheiro(a), e 72,3% com algum grau de escolaridade. Usamos a Escala Geriátrica da Depressão (GDS), a Escala de Solidão (UCLA-L), o Inventário Geriátrico de Ansiedade (GAI) e a Lista de Afetos Positivos e Negativos (PANAS). Resultados: Verificamos que 59,0% mantiveram a depressão e 10,8% desenvolveram depressão. Os idosos com depressão tiveram significativamente piores resultados na UCLA, GAI e PANAS, e os não depressivos tiveram afetos positivos mais altos. Quanto à evolução da depressão, os idosos que mantiveram depressão tiveram inicialmente pontuações elevadas no GDS, GAI, UCLA e na subescala PANAS negativo e pontuações baixas na subescala PANAS positivo. Esses idosos apresentaram associadamente um agravamento dos sentimentos de solidão, dos sintomas ansiosos e do afeto negativo ao longo dos dois anos. Os que desenvolveram depressão tiveram, no primeiro momento, pontuações elevadas na UCLA. Conclusões: Os sintomas de depressão com ou sem solidão no momento inicial, o agravamento da solidão, a ansiedade, o afeto negativo e o baixo afeto positivo poderão ser fatores de risco para a manutenção da depressão. A solidão poderá ainda ser um fator de risco para o desenvolvimento de depressão. .

Objectives : Knowing that depression is common in institutionalized elderly and associated with loneliness, anxiety, and affectivity, we want to describe the evolution of depression over two years and identify which factors are associated with the development of depression. Methods: In this prospective cohort study, that encompassed two evaluation moments (2011 and 2013), 83 institutionalized elders were inquired, with age at baseline between 60 and 100 years, 79.5% women, 86.7% single and 72.3% with some type of education. The instruments included the Geriatric Depression Scale (GDS), Loneliness Scale (UCLA-L), Geriatric Anxiety Inventory (GAI) and List of Positive and Negative Affects (PANAS). Results: Fifty-nine percent of the subjects maintained depression, and 10.8% developed depression. Elderly patients with depression had significantly worse outcomes in the UCLA, GAI and PANAS, and those who were not depressed had a higher positive affect. Regarding the evolution of depression, elders that maintained depression had high scores on the GDS, GAI, UCLA, and negative PANAS subscale, and low scores on the PANAS positive subscale at baseline. These elders showed an increase in the feelings of loneliness, anxiety symptoms, and negative affect over the two years. Those who developed depression had higher scores on the UCLA-L at baseline. Conclusions: We conclude that depression symptoms with or without loneliness at baseline, the worsening of loneliness, anxiety, and of the positive and negative affects may all be risk factors for the maintenance of depression. Loneliness may also be a risk factor for the development of depression. .